sexta-feira, 13 de novembro de 2009

MANIFESTO DA CAIXA CONTEMPORÂNEA

Caixa Contemporânea é nossa subversão: quem sabe resolver temas de trabalhos e ainda marcar a cachaça pode vir! Caixa Contemporânea é a vida sem frescura, sem calorias e dores de cotovelo. Somos dos balangandans, da malemolência, do blá, blá, blá. Falamos mais do que a boca e pedimos silêncio. Queremos fazer as unhas por 10 reais e livros que "não estejam esgotados!" Somos decididamente contra antipatia e sabemos, ajuizadamente, que nossos cérebros não serão corrompidos por uma cervejinha no fim da aula! Pelo contrário! Acreditamos fervorosamente nos bares, nos karaokês cafonas, nos bolos de rolos (Ê Sabida!), nas festas julinas e, acima de tudo, na Gi! Somamos talentos e inteligências, sotaques e manequins, sem pestanejar. Somos capazes de discutir sobre o fim do diploma de jornalismo, sem ignorar a duvidosa qualidade dos esmaltes vermelhos! (Qual é mesmo aquele que sai, Malu?)


Tudo é vida! A favor da emancipação dos caretas e dos chatos! Viajamos horas ou minutos para estarmos juntos e entendemos o valor da pausa para os lanchinhos. Declaramos interesse absoluto pelas artes e pelas pessoas. Ora sim, ora não, cremos na wet legging da Poyares! Mas em príncipe encantado não! Dispensamos o cavalo branco e se for preciso pegamos carona nos segways dos seguranças da "Fundação"! (Quem nunca teve vontade de dar uma voltinha naquilo?) Refutamos professores fraudulentos e auto-promoções durante a aula. Exigimos nossos direitos e não fugimos dos deveres. Mesmo que entre eles estejam organizações não oficiais de campeonatos de piadas ou jantares preparados em fogões com quatro bocas.


Fazemos verdadeiros intercâmbios culturais! Vamos do nordeste ao sul do país com muita classe. Caixa Contemporânea significa diversidade! Tem todas as cores, formas, cheiros e gostos! Assim nasceu a Caixa! Da mistura macarrônica entre tantos cortes de cabelo e mentes brilhantes! Um desejo de ordem uterina, independente e libertário de sermos... Nós!


Aqui, lançamos a âncora na terra fértil da sala de Jornalismo Cultural 2009. Realcem, realcem conosco, (quanto mais purpurina melhor?) espontaneamente senhores das nossas condições, bem vindos, todos, à ousadia de fazer parte da CAIXA! Que venham os saraus, as excursões, os vernissages, os botecos, as poesias e os porres! Ode ao eterno "reinventar-se" das segundas e quartas e esporádicos sábados!


Tudo o que é passível de discussão produtiva está na CAIXA. A favor da abolição dos preconceitos e do que atrofia o produto das nossas inteligências e o poder da nossa sedução, claro! Na CAIXA CONTEMPORÂNEA é terminantemente proibido proibir. Afinal, rodopiamos por entre nossas diferenças com poucos arranhões! Temos resposta pra tudo. E se, por ventura, o mundo desabar sobre nossas cabeças e nos faltar aquela carta da manga, de baralho, de tarô, de motorista que já está vencida, não saiamos dos saltos, dos all-stars, da bota de cano alto ou do sapato de oncinha. Lembremos que fazemos parte da CAIXA CONTEMPORÂNEA. Verbalizemos, com toda a cara de pau e segurança: "Achei tão acadêmico!".


Depois, secretamente se preciso, choramos pitangas!



São Paulo, 25 de junho de 2009